segunda-feira, 9 de março de 2015

Retornando após um tempo de limbo.

Por um tempo, eu pensei seriamente em deixar o Movimento Laranja de lado e seguir a minha vida, no meu trabalho, na minha vida social, e tentar outras coisas.

Mas... Os recentes acontecimentos políticos me puseram um alerta. estamos passando por uma crise política, que está arrastando a economia para a crise, também, ou seja, há forças querendo destruir este país APENAS para tirar a atual presidente do poder.

Seu poder já está engessado, com os presidentes da Câmara e do Senado trabalhando segundo os interesses da Oposição, que perdeu as últimas eleições. A oposição já falou que quer a Presidente "sangrar" e o país parado até as eleições de 2018. Pra piorar, a Bancada Evangélica ganhou mais força, uma vez que o presidente da Câmara faz parte dela. Há agitadores, setores midiáticos e religiosos também querendo a cabeça não só da Presidente, mas de todo o partido ao qual ela está filiada.

O PT não é dos partidos com os quais eu simpatizo. Na verdade, são muito poucos (E muito pouco expressivos) os partidos com os quais eu simpatizo - Não vou falar quais, por motivos óbvios. Mas essa sucessão de golpes baixos, atravancamento político, mídia negativa e agitadores por todos os lados, me fazem lembrar de um ano:

1964.

Eu sei muito bem o que aconteceu naquele tempo, E pra falar a verdade, eu não quero que ocorra novamente.

Por outro lado, não posso negar, de forma alguma, as mudanças positivas que o partido do Sr. Luis Inácio e da Sra. Dilma Vana proporcionaram às camadas mais humildes do povo. Negar isso seria um absurdo. Mas é sabido que "Em Roma, há de se fazer como os Romanos", e mesmo os mais íntegros desse partido, que outrora foi "dos Trabalhadores", tiveram que dançar conforme a música dos que já estavam na pista. Os que se atreveram a lutar contra isso, bem... Ulysses Guimarães, Dr. Enéas Carneiro e Clodovil Hernandez são provas vivas - Digo, mortas - do que pode acontecer com quem queira "virar o disco" sem falar com os promoters da festa. E o dono da festa é o PMDB, que já se cansou de ver o PT dando pitaco nas músicas que se deve tocar na Danceteria Brasil.

O PT até que foi longe. Conseguiu proezas inimagináveis, tipo afastar o Brasil da esfera de influência imediata dos EUA, e aproveitar um termo cunhado por um economista americano para criar uma parceria multipolar séria e consolidada - O BRIC, agora BRICS. Lógico, o Brasil teve ajuda ideológica do Paraguai de Fernando Lugo, da Cuba dos Irmãos Castro, da Venezuela do Hugo Chávez e da Bolívia de Evo Morales, e por que não, da Argentina do casal Kirchner. Nesse meio termo, Paraguai e Honduras sofreram golpes de estado, o Chile recolocou Michele Bachelet de volta à Presidência, formou-se a UNASUL, apesar das divergências internas, formou-se o CELAC (Creio eu, com ajuda da ALBA), e formou-se a parceria BRICS/UNASUL, que está sendo responsável por obras conjuntas nunca antes vistas. Sim, o PT foi muito longe, mais longe do que devia, de acordo com os "caciques" do PMDB, por isso esse atraiçoamento todo.

E enquanto eu não tava blogando, o mundo também teve muita sacudidela, pra começar pelos mercenários oposicionistas sírios, que se juntaram com outros grupos radicais do Iraque e formaram o Daesh, conhecido aqui como Estado Islâmico, e o novo símbolo do mal e do terror lá pras bandas da África do Norte e Eurásia. E também a insurreição assumidamente neonazista da ultradireita e o golpe de estado na Ucrânia, o que obrigou a Rússia a agir para proteger a parte etnicamente russa da Ucrânia. E surgiu Novorrússia, Donetsk e Donbass, que tem até brasileiros combatendo entre os cossacos. E os exercícios da OTAN na Europa, a Esquerda ganhando na Grécia, e os EUA soltando ameaças a torto e a direito. Ah, e as reaberturas das embaixadas de EUA em Cuba  e vice-versa.

É, colega, estamos na "Terceirona" e nem nos demos conta. Só que, enquanto as duas primeiras guerras mundiais foram puramente convencionais, esta "Terceirona" está sendo em um espectro mais amplo de campos: Diplomático, político, eletrônico, financeiro, social, E adivinhem só, o Brasil, como membro do BRICS, está nela. E adivinhem só de novo, o país está apinhado de quinta-colunistas cuja função primária é jogar o país no caos para entregá-lo, de bandeja, de volta à influência imediata dos EUA.

De fato, o Movimento Laranja não pode, de forma alguma, parar. O Brasil tem inimigos declarados. Combatê-los é a missão deste blog e de seus desdobramentos. O PT pode não ser o partido que o Brasil merece, mas o que pode vir no lugar dele é bem pior.

Bom, hora de descansar. Tenho que acordar cedo para recuperar o tempo perdido.