sábado, 19 de outubro de 2013

Síria e as Duas Esquerdas








O que me surpreende nestas duas imagens são dois partidos de Esquerda defendendo posições opostas quanto à questão da Síria.

Tá na cara que há duas "Esquerdas". Uma Esquerda legítima, que se preocupa com o povo e luta pelo direito das nações de existirem pacificamente - A Esquerda chamada jocosamente de "Comuna" pela Direita Raivosa - E uma "Pseudo-Esquerda", formada por esquerdistas confusos que não sabem o que defender, infiltrados e corruptores. Uma Esquerda que se preocupa mais com a política do que com o povo, usando a política como um fim, e não como um meio. Essa Esquerda, alinhada com o Imperalismo, é uma maçã podre que, se não removida a tempo, vai estragar todo o cesto. Essa "Pseudo-Esquerda" acaba fornecendo munição argumentativa para a Direita Raivosa que, se lhes fosse permitido, sairia às ruas para matar qualquer um vestido de vermelho.
Seus integrantes estão confusos e não entendem o básico de Socialismo, luta de classes, e acham que se o seu partido está alinhado contra o regime de Assad, por exemplo, está certo.
Seus líderes foram comprados pela Direita ou são infiltrados, com um único objetivo: Desmoralizar o Socialismo e qualquer ideologia de Esquerda, destruindo-os politicamente.

É necessário voltar a ensinar aos Socialistas o que é o Socialismo, o que é a Esquerda. Para evitar que caiam nessas armadilhas.

Sobre a Síria:
A Síria tem sido governada pela família Assad desde 1963, sob as normas do partido socialista Baath. O Baath é um partido absolutamente laico e nacionalista, que tem como uma de suas políticas o respeito a minorias étnicas e religiosas. A maioria doa muçulmanos da Síria são da vertente Sunita, e conviviam harmonicamente com Alauitas, Cristãos, Druzos e os 90% de árabes conviviam bem com os 10% de curdos.

A Síria sempre foi a favor dos Palestinos, e lutou algumas vezes contra Israel (Uma delas, defendendo o Líbano). Não está controlada por grandes banqueiros, não segue a "Agenda da Elite", o partido no comando é um partido Socialista (Assim como era no Iraque de Saddam Hussein e na Líbia de Muammar Kadhafi) e não se submete aos EUA. Não é à toa que querem derrubar Assad. Claro, tem a questão do gasoduto e do petróleo, também...


A Primavera Árabe (Uma primavera cheia de espinhos, me permita a opinião) deflagrou protestos violentos no Egito e uma guerra civil na Líbia e na Síria. Na Líbia, a OTAN massacrou pelo ar e isso facilitou a vitória dos "rebeldes" (Na verdade, mercenários vindos de todos os cantos do Mundo Islâmico e também do Mundo "Ocidental") e a instalação de um governo-fantoche dos EUA. Só que o povo sírio viu os efeitos do que houve na Líbia, e imediatamente manifestou seu apoio ao presidente, Bashar Al-Assad. Os mercenários vieram, sob a bandeira de um tal "Exército Lívre Sírio" que tem tudo, menos sírios.

Sobre o "Exército Livre Sírio":
Financiados pela Turquia - Uma vergonha, pois a Turquia também é um estado laico -, pela Arábia Saudita, pelo Qatar, por Israel e pelos EUA, esses mercenários, na maioria das vezes extremistas islâmicos, cometem barbaridades em lugares tomados por eles. Decapitações são destino comum aos prisioneiros. Muitos desses mercenários são membros de células da Al-Qaeda, o que chega a ser um paradoxo, os EUA financiando terroristas da Al-Qaeda. Mas vá entender a política americana...